Que é Deus?

Que é Deus? - Campo de Paz

No deserto infinito da existência, onde as estrelas cintilam como olhos de um mistério insondável, surge a mais antiga das perguntas: Que é Deus? Kardec fez a primeira pergunta em O Livro dos Espíritos: "Que é Deus?" E os Espíritos responderam: "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas."

A Grandeza do Criador

A mente humana, limitada como um grão de areia na vastidão do deserto, não pode abarcar a imensidão do Criador.

"Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas."
(O Livros dos Espíritos, questão 1 - Allan Kardec)

Eis uma verdade que se derrama como o orvalho sobre a alma sedenta! Não se trata de um velho sentado sobre nuvens, nem de um juiz irado que castiga com mãos de ferro. Deus é a essência imutável e perfeita, a fonte de toda a criação, a harmonia invisível que rege o universo.

Compreendendo Deus através do amor

Como compreender Deus quando as sombras da dúvida turvam nossa visão? O caminho para a compreensão está no amor. Jesus, o guia e modelo da humanidade, ensinou que o maior mandamento é "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Ele não veio trazer definições complexas, mas sim exemplificar, com Sua vida, o verdadeiro significado de Deus em nós. "Aquele que me vê, vê o Pai", disse o Mestre, mostrando que Deus se revela na bondade, na caridade e na compaixão.

A Doutrina Espírita nos esclarece que esse amor se manifesta na caridade, no perdão e na compreensão mútua. Somente pelo exercício do bem nos aproximamos do Criador, sentindo Sua presença em cada ato de fraternidade.

O julgamento Divino e a justiça perfeita

Como o beduíno que guia sua caravana com firmeza e amor, Deus não abandona nenhum de Seus filhos no deserto da ignorância. Cada um colhe o que semeia, não por punição, mas por aprendizado. O Espiritismo nos revela algo muito mais sublime: Deus não castiga, Deus educa. Em “O Céu e o Inferno”, Kardec nos conduz por um caminho de entendimento sobre a justiça divina. Não há um Deus de castigo e vingança, mas um Pai de misericórdia e ensinamento.

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A justiça divina é a própria lei de causa e efeito. O Espírito culpado não arde em chamas eternas, mas enfrenta suas próprias sombras até reencontrar a luz. O sofrimento não é um fim, mas uma travessia, um aprendizado necessário para que o Espírito se eleve e compreenda que Deus não é um juiz impiedoso, mas um Pai que ensina e espera.

Orientações dos Espíritos

A cada vida, a cada renascimento, aproximamo-nos um pouco mais do Criador. Como um viajante que atravessa dunas sem fim, o Espírito evolui, guiado pelo desejo de conhecer e pelo dever de amar. Deus não exige adoração cega, mas sim esforço contínuo na senda do bem.

Os Espíritos elevados, em mensagens trazidas por médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco, ensinam-nos que Deus está em tudo: no brilho do sol sobre as dunas, no sorriso de uma criança, no vento que acaricia as palmeiras. Emmanuel, através de Chico Xavier, nos lembra: "Deus não é o trovão que assusta, mas a brisa que consola".

André Luiz, em suas obras, nos mostra a grandiosidade da Criação, onde tudo tem um propósito, desde o menor grão de areia até os planetas que dançam em harmonia no espaço infinito. Deus não é um rei distante, mas a própria vida pulsando em cada ser.

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Convite à Reflexão

Ó viajante da eternidade, que teus olhos se abram para perceber a presença divina em tudo ao teu redor! Não busques Deus nos ídolos de pedra, mas no coração que ama e perdoa. Cada dia é uma página em branco, onde escreves teu destino com as tintas das tuas escolhas. E quando a noite da dúvida cair sobre tua alma, lembra-te: Deus é a estrela guia que jamais se apaga, conduzindo-nos sempre para a luz.

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